Depois de passar alguns meses andando de lado, o mercado de criptomoedas se animou na reta final de 2023, com o Bitcoin (BTC) voltando a níveis não vistos há mais de um ano, acima de US$ 38 mil. Mas mesmo com essa recuperação do mercado, muitos ativos ainda podem ser considerados “baratos” e com espaço para registrar valorizações ainda maiores no longo prazo. Aproveitando o clima de Black Friday, o Portal do Bitcoin conversou com alguns especialistas brasileiros que apontaram quais criptomoedas são boas oportunidades de investimento no cenário atual. Com o Bitcoin aparecendo como o mais indicado, seja por ser a maior cripto ou pela expectativa de eventos que devem ocorrer em 2024, os analistas também apontaram diversos outros tokens, indo desde mais conhecidos como Ethereum (ETH) e Solana (SOL) até alguns que estão bem fora do radar da maioria dos investidores, como Illuvium (ILV) e Injective (INJ). Confira abaixo a lista de criptomoedas que estão na “black friday” na visão dos seguintes especialistas:
André Franco, Head da Research do Mercado Bitcoin (MB)
Bitcoin (BTC): Franco indica a compra de Bitcoin conta de todas as expectativas positivas para 2024 que rondam o ativo. Lembrando que apenas no radar do BTC, além do halving — evento que reduz pela metade a oferta de novas criptos e faz pressão de alta no preço —, há também a expectativa de que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) finalmente aprove um ETF de Bitcoin à vista, o que deve levar a uma forte entrada de capital no mercado, principalmente de investidores institucionais.
Illuvium (ILV): Para Franco, este é um ativo que está bastante depreciado e, com novidades recentes, tem grande potencial para voltar a subir. Illuvium é um jogo de batalhas construído no blockchain do Ethereum, sendo uma fusão entre exploração de mundo aberto e um jogo de batalha Player vs. Player (PVP). Funciona na modalidade play-to-earn, possibilitando que os usuários ganhem tokens e NFTs ao participarem de ações dentro do universo do game.
Star Atlas DAO (POLIS): Este é o token de governança do jogo Star Atlas , que garante aos seus detentores a possibilidade de voto e de influenciar nas decisões do game, remetendo ao conceito de governança descentralizada.
Beto Fernandes, analista de criptomoedas da Foxbit
Bitcoin (BTC): “Eu sou da política de que Bitcoin nunca é caro demais”, crava Fernandes. Segundo ele, mesmo nos US$ 38 mil e com o halving próximo, este é um momento interessante para avaliar a compra de Bitcoin. “O histórico mostra que a redução da oferta da criptomoeda costuma gerar uma nova máxima histórica. Não dá para cravar que isso vai mesmo acontecer, mas se o preço seguir a tendência dos últimos ciclos, podemos ver o BTC, pelo menos, acima dos US$ 70 mil no médio prazo”, afirma.
Ethereum (ETH): Segundo ele, essa é uma “opção interessante” para quem busca projetos mais consolidados. Fernandes explica que mesmo a empolgação com a recente atualização ter passado, a rede continua queimando quantidades consideráveis do token para intensificar seu processo de deflação, e caso ela consiga manter esse ritmo, o mercado pode ver um choque de oferta e demanda em um período próximo.
Avalanche (AVAX): Recentemente, a Avalanche foi a escolhida pelo JPMorgan como a rede principal que vai guiar o banco na tokenização de ativos e gestão de patrimônio, o que já levou a uma alta nos preços do token. Mas o analista diz que não há como saber se a euforia já passou. “A adoção do projeto pelo banco norte-americano pode repercutir em outras grandes empresas e encorajá-las a também buscar soluções a partir desta plataforma. Se isso acontecer, podemos ver um novo pump para a criptomoeda”, explica.
Gabriel Lacerda, advisor da Transfero Prime
Injective (INJ): Injective é uma blockchain construída especificamente para o setor financeiro, potencializando aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) de próxima geração, como mercado descentralizado de negociação de ativos, mercado de previsão e protocolos de empréstimo. Oferece uma estrutura financeira robusta, incluindo livro de ordens descentralizado.
Kaspa (KAS): Kaspa é uma blockchain que não descarta blocos criados em paralelo, permitindo que coexistam e sejam ordenados por consenso, diferentemente do Bitcoin e Ethereum. Essa nova forma de ordenação de blockchain se chama blockdag, que proporciona operação segura e tempos mínimos de confirmação. Além disso, o projeto permite que outras redes sejam criadas em cima da Kaspa.
Realio (Rio): A Realio é uma plataforma SaaS (Software como Serviço) baseada em blockchain que facilita a emissão, investimento e gestão de títulos digitais e criptoativos. Seu propósito é combinar uma exchange descentralizada com recursos de emissão e investimento, proporcionando soluções blockchain de alta qualidade para veículos de investimento institucionais.
Fernando Pereira, analista da Bitget
Polkadot (DOT): “Do lado fundamental, temos uma rede que interliga diferentes blockchains, ferramenta de extrema utilidade no mundo cripto. No lado técnico, vemos uma formação de cunha descendente de alta em seu gráfico semanal, que foi rompida e pode ser o gatilho para uma alta de 1.000%, buscando sua máxima histórica”, explica.
Chiliz (CHZ): É a principal criptomoeda do mercado quando o assunto é esporte, fazendo uma ligação dinâmica e descentralizada entre os torcedores e seus times. “Ela também vem fazendo uma formação gráfica parecida, porém com uma assimetria ainda maior, na casa dos 1.300% até sua máxima histórica”, avalia Pereira.
Cardano (ADA): É uma das principais blockchains do mercado, e que ainda tem muito espaço para crescer, segundo o analista. “Com um padrão gráfico semanal de triângulo em fundo, a queridinha de muitos investidores pode entregar em torno de 800% de alta até sua máxima histórica”, diz ele.
Cauê Mançanares, CEO da Investo Bitcoin
Bitcoin (BTC): Segundo Mançanares, o Bitcoin é uma peça chave em qualquer portfólio cripto por representar inovação, segurança e resiliência. Seu histórico de valorização a longo prazo e crescente aceitação no mercado institucional o tornam particularmente atrativo para investidores. Para ele, o halving é um evento crucial no horizonte próximo e que pode puxar os preços para cima, enquanto a expectativa de aprovação do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA poderia impulsionar ainda mais seu valor, tal como ocorreu com o ouro após a introdução de seu respectivo ETF.
Ethereum (ETH): Ele destaca que um setor que vem ganhando destaque é o das plataformas de contratos inteligentes, em que o Ethereum se destaca como líder. “Sua transição para o Ethereum 2.0, que adotou o modelo de consenso Proof of Stake (PoS), marca uma evolução significativa para a rede, aumentando sua eficiência e sustentabilidade”, explica, apontando que agora o mercado também se volta para a possibilidade da aprovação de um ETF de Ethereum nos EUA, o que poderia fortalecer ainda mais sua presença institucional.
Solana (SOL): A Solana emerge como uma concorrente formidável ao Ethereum, com destaque para sua alta velocidade de processamento e taxas de transação reduzidas. Recentemente, a Solana ganhou atenção extra devido à decisão da FTX de vendê-la (mais de US$ 1,1 bilhão em SOL), o que pode atenuar a correlação negativa frequentemente associada à falência da exchange e seu impacto sobre o criptoativo. “Esse movimento é visto como um voto de confiança no potencial de longo prazo da Solana, apesar das incertezas do mercado”, avalia.
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